segunda-feira, 10 de julho de 2006

Metal Contra as Nuvens



1
Não sou escravo de ninguém
Ninguém senhor do meu domínio
Sei o que devo defender
E por valor eu tenho
E temo o que agora se desfaz
Viajamos sete léguas
Por entre abismos e florestas
Por Deus nunca me vi tão só
é a própria fé o que destrói.Estes são dias desleais.
Eu sou metal: raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brazão
Eu sou metal: me sobe o sopro do dragão.
Reconheço meu pesar: Quando tudo é traição,
O que venho encontrar é a virtude em outras mãos.
Mas minha terra é a terra que é minha
E sempre será
Minha terra
Tem a lua, tem estrelas e sempre terá.
2
Quase acreditei na tua promessa
E o que vejo é fome e destruição
Perdi a minha sela e a minha espada
Perdi o meu castelo e minha princesa.
Quase acreditei, quase acreditei
E, por honra, se existir verdade
Existem os tolos e existe o ladrão
E há quem se alimente do que é roubo.
Mas vou guardar o meu tesouro
Caso você esteja mentindo.
Olha o sopro do dragão
3
É a verdade que assombra
O descaso que condena,
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
-Eu quero a espada em minhas mãos.
Eu sou metal: raio, relâmpago e trovão
Eu sou metal: eu sou o ouro em seu brazão
Eu sou metal: me sobe o sopro do dragão.
Não me entrego sem lutar
-Tenho ainda coração.
Não aprendi a me render: Que caia o inimigo então.
4
- Tudo passa, tudo passará
E nossa história não estará pelo avesso
Assim, sem final feliz.
Teremos coisas bonitas pra contar.
E até lá, vamos viver
Temos muito ainda por fazer.
Não olhe para trás
-Apenas começamos.
O mundo começa agora
-Apenas começamos.

Legião Urbana
Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá