Try Again

T E N T E I
Foi a última palavra que vi. Depois disso, nada mais.
Nem um sinal. Nem um contato, ao menos uma ligação. Nada...
Chorei, sofri. Me partiu ao meio.
Dei tudo de mim e ao pedir um pouco de si. Um pouco de atenção, tive o nada como resposta. Um eco da minha própria voz.
Tudo o que eu queria, e sempre quis, era saber o que se passa na cabeça. Quais os pensamentos e sentimentos que levam a atitudes assim.
Gosta de mim. Não gosta de mim? Está chateado? Com raiva? Não me suporta mais? Sofre minha ausência tanto quanto eu? Sente saudades? Entende os meus motivos? Acredita nos meus sentimentos? Porque tudo, derrepente, em menos de um mês, se tornou nada?
Nesse momento eu poderia fazer milhões de coisas. Ir atrás, procurar amigos, enviar emails para uma lista imensa, incluindo todos, sem excessão. Poderia adicionar pessoas aos meus contatos. Poderia descobrir o outro telefone. Pegar um avião e ir lá para dizer "Oi", "Vim até aqui para te ver e ouvir o que você tem a me dizer". Enfim...
Mas não, não vou fazer isso. Porquê? Porque não é justo comigo. Não é bom para mim. Já ultrapassei meus limites, me muito... e sofri demais mesmo. Por incrível que possa lhe parecer.
Penso que já que o ato de desaparecer, não partiu de mim. Acho que a decisão de tentar, de tentar de novo, se achar que vale a pena, não deve também partir de mim.
Eu não sou perfeita, mas quem é? Posso ter te pedido atenção e ter insistido muito nisso. Mas foi porque estava te sentindo distante de mim, cada vez mais.
Talvez eu não sabia de todos os meus defeitos, mas sei bem das minhas qualidades. Sei que me dôo por completo. Busco todos os dias formas novas de agradar e surpreender. Busco coisas novas, valorizo pequenos gestos. Dou valor ao carinho, ao sorriso e respondo aos olhares ternos com a mesma dedicação.

Contudo, de uma coisa eu tenho certeza, eu TENTEI muuuuuito mais que você. Porque sempre acreditei que valesse a pena; apesar de toda a bagagem (afinal, para que existem aqueles carrinhos de aeroporto? E as malas com rodinhas? Sempre dá-se um jeito, e sei).

Pensando bem, acho que tens razão. Antes assim, não é?
Deve ter pensado bastante antes de tomar essa decisão. Eu jamais poderia raciocinar bem levando em conta meus sentimentos.
Mas se algum dia, achar que eu, enquanto PESSOA, valho a pena, TRY AGAIN.
Pode ser que eu ainda esteja no mesmo lugar... ou não.

Preservação?

Ontem eu estava no shopping, fui assistir ao filme "Hancock". Como toda mulher, fui ao banheiro antes de entrar na sala de cinema. Quando fui lavar as minhas mãos, acionei a torneira (que agora é de praxe em lugares públicos) com fechamento automático. Ao ir enxugar as minhas mãos, não encontrei toalhas de papel, apenas um secador de mãos automático, que tinha a seguinte frase: "preserve o meio ambiente, seque suas mãos aqui".
Foi aí que eu pensei. Preservar e conservar o meio ambiente? Bom, a energia elétrica despendida para o uso desse secador de mãos tem a potência igual ao de um secador de cabelos, se não for mais. Todo aparelho elétrico, logimente consome energia elétrica, que é abastecida pelas Usinas Hidroelétricas, que necessitam de toneladas de água hora, para gerar essa energia.
Para se construir uma Usina Hidroelétrica, é preciso desbastar a vegetação ribeirinha dos rios e até mesmo submergir algumas pequenas cidades e vilas, que vivem a margem desses rios ou bem próximos.
Bom, aí eu pensei: "Hhhmm, então não se pode derrubar uma árvore para produzir papel toalha, entre outros, mas se pode submergir outras árvores na água para produzir energia elétrica? Que preservação é essa? Que benefício está trazendo para o meio ambiente?
Esse é o tipo de campanha burra!
Numa dessas revistas femininas que mulher tanto gosta, inclusive eu; eu estava lendo a reportagem de uma moça que tentou reciclar o seu lixo durante um mês, e no final das contas percebeu que mesmo separando coisas recicláveis, não conseguiu diminuir a sua produção de lixo.
Ela concluiu que teria que deixar alguns hábitos para trás. Ela disse também que para diminuir a quantidade de lixo passou a levar uma "Ecobag", bolsas de brim ou outro tecido, vendidas em supermercados. Mas tem o mesmo efeito que aquelas sacolas enormes de nilon que nossas tias e avós levavam no mercado, no tempo que não existia sacolinha.
Agora, pensa bem... Hoje em dia, em tempos de pura correria, a pessoa não tem como prever quando precisará ir ao mercado. Como ela irá utilizar um "ecobag" no supermercado? Vai deixar uma dentro da bolsa, outra dentro do carro, outra no escritório? Enfim...Não é muito mais fácil, prático e rápido ela colocar suas compras na sacolinha do supermercado? Sim! É!
Então, na minha opinião, não devemos deixar de usar as sacolas de mercado, mas a indústria do plástico, os grandes mercadistas e a indústria alimentícia, principalmente, deveriam investir pesado e desenvolver o mais rápido possível, sacolas ecologicamente corretas. Biodegradáveis. Esse é o caminho. Até porque, não há mais como regressarmos ao passado. As coisas se aceleraram muito, o ritmo de vida é outro, os consumidores também. As vovós já não bordam, nem tricotam ou fazem crochê. Hoje são mulheres que ainda trabalham para ajudar seus filhos e netos. Ou, se não trapalham, estão fazendo seus cursos, viajando e realizando seus sonhos antigos. Hoje já não apagamos a lamparina para se ir dormir as 21h; desligamos as luzes a 1h da manhã depois de assistir um filme, ver os emails ou bater papo na internet.
Não precisamos ir ao Mercado Municipal as 6 da manhã, porque podemos encontrar verduras frescas até as 22h nos supermercados; ou as 3h da manhã nos mercados 24h. Podemos pedir comida japonesa as 4h ou uma abobrinha recheada do Habib's as 5h, depois de uma balada na quinta feira.
Nem todo mundo trabalha das 8h as 18h hoje em dia. Não é todo comércio que baixa as portas as 17h ou 18h nos dias de hoje.
Hoje se pode ter tudo a qualquer hora, seja do dia ou da noite. Então como vamos retomar hábitos do passado? Não tem como!
O meio ambiente precisa ser preservado sim. Com atitudes agora! Já tardamos em tomar atitudes nesse sentido. Se não herdarmos nós, herdaram, como parte do patrimõnio, nossos herdeiros.
Precisamos ficar mais atentos para o lixo que produzimos. Para a natureza a nossa volta. E precisamos cobrar de que produz produtos não-recicláveis, uma atitude industrial positiva, a fim de tornar tais produtos recicláveis, ou pelo menos, menos agressivos ao meio ambiente. Pontos de coleta para esse tipo de lixo já ajudaria. Assim como a conscientização de cada ser humano na face dessa Terra.
Porque até aonde eu sei, nós, seres humanos, só temos essa Terra para viver; o resto é suposição.

Oh! My Lord

Janis Joplin já cantou assim.. Oh, Lord.. want by me... E também Aretha Franklin, Elvis Presley, entre muitos outros nomes conhecidos. Chamamos por ele todos os dias, a todo momento que algo vai mal, ou que nos assustamos, nos surpreendemos com algo ou até mesmo por nada. Algumas pessoas falam nele mesmo nos momentos mais íntimos. Mas quem se lembra de agradecer quando um pedido, uma vontade ou um sonho é realizado? Quase ninguém. Essa é a verdade.
Até os que se dizem ateus, descrentes e afins, quando se deparam com algo assustador ou irritante gritam, esbravejam, sussurram: Deus! Jesus! Como se fosse uma expressão de discordância. Na verdade o nome, com o tempo, se tornou um termo, uma expressão.
Onde está o respeito? A reverência, o respeito? Se não crêem nele, porquê usam? Porquê o clamam? Porquê o chamam com tanta freqüência?
Deveríamos agradecer todas as manhãs por estarmos vivos, por respirarmos, por sentirmos, por amarmos, por sofrermos e ainda assim estarmos vivos. Agradecer por nos divertir, agradecer porque o pior não aconteceu naquele dia. Mas o cotidiano é tão desgastante, tão corriqueiro, que nem nos lembramos de detalhes como não precisar de uma cadeira de rodas para nos locomover, não precisarmos dos outros para nos mantermos vivos, não precisarmos de muletas, próteses ou qualquer outro recurso além de nós mesmos.
Mas claro que nem pensamos nisso, estamos envolvidos em nossos próprios problemas, que para nós, parecem imensos e insolúveis. É óbvio que pequenos ou grandes temos que resolve-los, mas as vezes é bom olharmos a nossa volta e percebermos que não são os únicos, nem os piores problemas. E aí vemos que problemas insolúveis existem, tal como as soluções paliativas.
Eu, particularmente, detesto soluções paliativas, prefiro as soluções definitivas e de preferência rápidas. Mas sei quem nem sempre é possível, muitas vezes as soluções e decisões dependem de outras pessoas; as quais nem sempre estão dispostas a optar por uma solução definitiva ou uma decisão, seja ela qual for. Devido a este tipo de atitude é que existem os sentimentos bons e maus. Por conta disso é que sofremos, choramos ou nos alegramos, sorrimos. Por isso existem os dias de sol e os dias de chuva. E não estou falando do clima ou de previsões do tempo. Falo de sentimentos, emoções, sensações, prazeres. A diferença que um sorriso pode fazer. A sensação que nos trás alguém que chora. A influência que as pessoas têm em nossas vidas, sejam elas conhecidas ou não.
Isto é a vida. Querendo nós ou não. O jeito é aprendermos a lidar com esses sentimentos e não deixar que eles tomem conta de nós, mesmo que as vezes seja tudo o que queremos. Mesmo que a vontade de morrer, sumir, desaparecer ou nos isolarmos de tudo e todos tome conta de nós em alguns momentos difíceis da vida. É preciso lutar para sobreviver, e nesses momentos temos o direito de suplicar, chamar, sussurrar, gritar o nome de Deus. “Lord, Oh! My Lord, help me, please”. “Amém.”

CHUVA E SOL

Lembro-me dos dias de sol,
do sorriso no rosto,
das piadas soltas,
das palavras de carinho,
dos sentimentos transfigurados no rosto,
do seu olhar.

Hoje é mais um dia de chuva,
e o sol vai demorar a brilhar novamente.
Não há sorriso, nem olhares ternos,
apenas lamentos e dor;

A chuva que molha o rosto é quente,
Escorre entre os lábios, salgada.
Vem de dentro como um grito;
Desespero, desolação, desconsolo.
Lágrimas de um sonho bom.
Sonho de dois, dias de sol
Lindo verão.

Chuva.
Tardes escuras, frio, muito frio
Febre, arrepios,
Medo,
Tempestade,
palavras ao vento,
nenhum carinho,
apenas um, sozinho;
Ausência de tudo,
só chuva.
Solidão...

Esterilização Humana

Depois de esterilizarem tudo, de produtos básicos, a alimentos e tecidos... o próprio ser humano está se esterilizando! Não digo esterilidade de reprodução e sim de limpeza.
Já reparou nisso?
Antes, nos tempos remotos, arrancava-se uma maçã, limpava-a na própria roupa e a degustava. O mesmo se fazia com as alfaces, lavava-se e colocava-se a mesa. “Bona Petit”. Agora? Os alfaces tem de ser lavados minuciosamente e deixados de molho no vinagre por pelo menos 15 minutos.
Naqueles tempos não ouvia-se falar em alergia a alimentos. Hoje é o que mais se houve falar.
A quantidade de crianças que nascem alérgicas a lactose é impressionante! E as pessoas alérgicas a algum tipo de frutos do mar? Minha nossa, quantas!
Hoje tem de se saber de onde vem os legumes e verduras, se são geneticamente modificados, etc. Tudo isso para evitar o consumo excessivo de agrotóxico nos alimentos, Até a carne tem de ser vigiada, pois injetam hormônios nos animais e os mantém confinados para que engordem mais rápido.
Nesse meio surgiram os produtos hidropônicos, muitos aderiram rapidamente a novidade achando ser a solução para a questão dos agrotóxicos e transgênicos. Logo veio a notícia de que estes também eram perigosos.
Com a tecnologia avançada, e em busca de novos caminhos para a produção barata e em massa de alimentos a fim de suprir as necessidades vitamínicas humanas, fizeram, ao longo dos anos, vários alimentos como vilões.
Pelo que posso me lembrar um dos primeiros foi o ovo. Um veneno! Frito então era a morte certa. Depois, descobriu-se que não era tão mal e que até fazia muito bem em certas quantidades. Depois da proteína, os carboidratos. Massas! Que perigo, nenhum nutriente neles; arroz então? Engodo puro. “Consumam carne e legumes, o arroz não lhes pertence mais!” E depois? “Opsss, nos enganamos, os carboidratos tem lá suas vantagens ao organismo..”
A partir daí começaram as listas do que se deve comer e que jamais consumir. Coma banana todos os dias, não coma tomates... Coma tomates, não coma pepinos... duas frutas por dia, um pão. Jamais tome café, ele é cancerígeno, vicia e ainda causa gastrite. Tome uma dose de café todos os dias, ele faz bem. Não beba vinho. Beba uma taça de vinho durante as refeições, faz bem ao coração.
Recebi um email outro dia onde citava a lista de coisas e alimentos que deveríamos fazer todos os dias para viver bem... No final do email, a conclusão: “se formos fazer tudo isso, precisaremos de 28 horas diárias”. Ou seja, não tem como viver “bem” seguindo tais regras, as próprias nos enlouqueceriam ao tentarmos cumpri-las; cada um vive como pode.
Não há regras, nem matemática exata para ter uma vida saudável, é uma questão genética, financeira e pessoal, acima de tudo.
O fato é que envelhecer e adoecer ainda é fato!